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O FATO HISTÓRICO DA SEMANA
O Colonialismo, o Imperialismo e o Neocolonialismo
É o conceito aplicado a territórios ocupados e administrados por um governo, em conseqüência de conquista ou da colonização de seus súditos, e aos que se impõe uma autoridade estrangeira.
O Colonialismo existiu desde a Antigüidade, entre os Impérios do mundo antigo, o sistema foi exercido pelo Egito, Babilônia, Pérsia e por Roma. Na Europa moderna, o Colonialismo teve início no século XV e pode ser dividido em duas fases. Numa primeira etapa (1415-1800), a Europa Ocidental, liderada por Espanha e Portugal, expandiu-se pelas Índias Orientais e as Américas. Portugal, interessado, sobretudo, no comércio de especiarias, estabeleceu feitorias e fortes em suas colônias. Seu monopólio comercial viu-se seriamente ameaçado pelos ingleses e holandeses, no fim do século XVI.
No que diz respeito ao continente americano, era mais freqüente a criação de colônias do que de feitorias. O Império da Espanha foi o mais extenso do Novo Mundo e compreendia grande parte do México, da América Central e da América do Sul, exercendo o sentido “Colonialismo” na forma de domínio, exploração e até de extermínio de algumas sociedades seculares. Já os portugueses se estabeleceram no Brasil de forma um pouco mais branda.
A maioria das colônias, espanholas, portuguesas e francesas nas Américas conseguiram suas independências, durante as Guerras Napoleônicas.
Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Nas Américas, era os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes Imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes Impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros Continentes.
Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo em seus produtos, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do Colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como uma de suas desculpas, a divulgação do Cristianismo. O Neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo não civilizado.
Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados.
Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação Neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si, os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.
Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem política e comercialmente.
O governo dos Estados Unidos, que já “colonizava” a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.
Outro ponto muito importante sobre o Neocolonialismo é o domínio dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da Revolução Comunista na China.
O fato é, que os “Colonialistas” do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho (quase escravo ou serviu), que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e Capitalista, nem tão pouco com a cultura ingênua ou primitiva dessas sociedades, a seus olhares de civilizadores.
Por volta de 1914, o Colonialismo mundial dominava o planeta, o que levou ao primeiro conflito de âmbito mundial, onde seria definido que comandaria o mundo moderno daí em diante. Como sabemos os grandes mentores deste conflito, não contavam com o final da história, os Estados Unidos, vir a se tornar o “Grande Império”.
No decorrer da década de 1930, após a crise de 1929, os EUA que estava em uma posição geográfica privilegiada à Europa, começam a recuperar sua economia, enquanto que a Europa começa a se agitar política, social e economicamente. Nazismo e Fascismo começam a crescer, conseqüentemente resultando na Segunda Guerra Mundial. Com isso, através de sua poderosa máquina (indústria) de Guerra os EUA, influenciando e organizando as posições políticas dos Aliados, são determinantes para o fim da Segunda Guerra Mundial.
A partir destes fatos, a influência e liderança dos EUA são suficientes para interferir, política, econômica e culturalmente no chamado “Primeiro Mundo” que surgia no período pós “Guerras”, tornando-se com isso, um participe constante das decisões, e nos conflitos políticos do novo mundo que se formava.
A Conferência de Bandung
Em 24 de abril de 1955, na Indonésia terminou a Conferência de Bandung, que reuniu 29 países. Presidentes e Primeiros Ministros de países da África, Ásia e Oriente Médio que condenaram o Colonialismo, o Imperialismo e o Racismo, e expressaram também suas reservas sobre o acirramento da Guerra Fria. A Conferência de Bandung expressava o crescente sentimento de frustração e alienação entre as nações assim chamadas de ‘não alinhadas’ (parte do Terceiro Mundo) da África, Ásia e Oriente Médio. Eram Nações que preferiram se manter, neutras durante a Guerra Fria, acreditando que seus interesses seriam preservados não se alinhando nem à URSS nem aos EUA.
Os representantes dessas 29 Nações, como Iugoslávia, Egito, Indonésia, Índia, Iraque, República Popular da China, reuniram-se para analisar as questões consideradas mais importantes naquele momento. Vários discursos e resoluções condenaram o Colonialismo e o Imperialismo, exaltando a libertação de todos os povos e nações subjugadas.
A conferência resultou ainda na elaboração de dez princípios, entre os quais figuraram o respeito aos Direitos do homem, a igualdade de todos os povos, o respeito à Carta das Nações Unidas em matéria de defesa e da solução dos conflitos de maneira pacífica.
O Racismo em todas as suas formas foi igualmente criticado, sendo que o sistema de apartheid da África do Sul foi particularmente objeto de duras denúncias. Essas Nações também conclamaram pelo fim da corrida de armas nucleares e a completa eliminação das armas atômicas já existentes. A mensagem fundamental de muitas das sessões era a mesma, a Guerra Fria entre os EUA e a URSS tinha pouco sentido para as Nações que lutavam pelo seu desenvolvimento econômico, pela melhoria das condições de saúde, e melhores colheitas de alimentos e contra as forças do Colonialismo e do Racismo. O governo dos EUA mostrou-se contrariado com a Conferência de Bandung enquanto a União Soviética manifestou certa simpatia. Embora convidado, Washington se recusou até a enviar um observador não-oficial. O então secretário de Estado de Eisenhower, John Foster Dulles, registrara que abraçar o Neutralismo na guerra contra o Comunismo era muito próximo de um pecado mortal.
Para os norte-americanos, a questão era simples, juntar-se aos EUA na luta contra o Comunismo ou arriscar-se a ser considerada como um potencial inimigo. Esta política levou os EUA a numerosos conflitos, alguns bélicos, com as Nações subdesenvolvidas que buscavam encontrar um meio termo no conflito da Guerra Fria. A URSS, embora manifestando sua simpatia e até apoiando militarmente países não alinhados, como nos conflitos do Oriente Médio, jamais conseguiu atraí-los para seu campo político.
Oriente Médio
“O Barril de Pólvora Moderno”
No dia 5 de fevereiro de 1999, morria aos 63 anos o Rei Hussein da Jordânia. O fim de seu reinado de 45 anos preocupou o mundo inteiro, pois Hussein quase sempre representou equilíbrio e moderação, numa região marcada pela instabilidade e radicalismos.
Região das primeiras civilizações e berço do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, o Oriente Médio tem uma longa história. Estrategicamente localizada entre Europa, Ásia e África, por suas terras estenderam-se os maiores Impérios da História como o persa, macedônico, romano e mongol, até a “Islamização” e “Arabização” da região entre os séculos VII e VIII com Maomé e seus “Califas”.
Na idade média, ser civilizado era ser muçulmano. As trevas impostas pela Igreja encontravam resistência no mundo Islâmico. A filosofia greco-romana era traduzida por estudiosos muçulmanos, do grego para o árabe e do árabe para o latim. Desenvolveram estudos em astronomia, alquimia, medicina e matemática com tal êxito que, nos séculos IX e X, mais descobertas científicas foram feitas no Império Abássida do que em qualquer período anterior da história.
Esse povo, que no passado distante já colonizou, encontra um cruel revés, na medida em que no passado mais recente, foi colonizado. Primeiro pelo império Otomano, substituído após a Primeira Guerra Mundial pelo Imperialismo franco-britânico.
Some a essa retrospectiva histórica o surgimento do petróleo como matéria-prima estratégica e a partilha da Palestina para formação de um lar nacional Judeu. Podemos entender agora porque até hoje, o Oriente Médio ainda é considerado um "barril de pólvora".
A região é situada entre o Oriente e Ocidente tendo como referência o Mar Mediterrâneo, o Oriente Médio inclui os países costeiros do Mediterrâneo Oriental (da Turquia ao Egito), a Jordânia, Iraque, Península Arábica, Irã e geralmente o Afeganistão. Abrangendo ainda a Península de Anatólia, Síria, Líbano, Israel e Palestina.
A condição de área de passagem entre as regiões euro-asiáticas e africanas favoreceu o comércio de caravanas que se enfraqueceu posteriormente em proveito das rotas marítimas, renovadas pela abertura do canal de Suez em 1869. Mais recentemente, o Oriente Médio surgiu como principal região produtora de petróleo do mundo, tornando-se objeto de rivalidades e conflitos internacionais. Além da economia baseada no petróleo e das fortes desigualdades sociais, a região também apresenta problemas nas uniões tribais e étnicas, na fragilidade das estruturas de governo e, sobretudo na centralização Islâmica da vida política.
A maioria dos Estados do Oriente Médio surgiu recentemente, sob influencia do Imperialismo franco-britânico, com a queda do Império Turco-Otomano após a Primeira Guerra Mundial. A fragilidade desses Estados reflete-se nas ameaças pela divisão da sociedade, cujas aspirações são frustradas por governos autoritários de tipo monárquico (Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos) ou republicano (Síria, Iraque, Turquia, Iêmem).
Internamente, nesses Estados, a base de poder é limitada a um grupo local ou familiar, segundo princípio dinástico ou pelo encampamento das responsabilidades civis e militares por um grupo religioso, regional ou corporativo.
Os muçulmanos constituem 95% da população do Oriente Médio, na sua maioria Sunita. Superados apenas pelos Xiitas no Irã (90%), no Iraque (55%) e no Líbano (35%). As exceções são Israel, onde 80% da população são judeus; o Líbano, que possuí 40% de Cristãos e o Egito, com 8% de Coptas. Com absoluta maioria de população muçulmana, muitos países do Oriente Médio concedem um papel oficial ao Islamismo, tanto constitucionalmente (caso do Irã após a Revolução Islâmica em 1979) como no cotidiano privado e familiar.
Após a Segunda Guerra Mundial, os países do Oriente Médio tentaram relegar a religião somente à esfera privada, através do Nacionalismo Pan-Arabista, cujo maior líder foi o Presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Na década de 1970 as massas urbanas e a classe média se afastaram do Nacionalismo, adotando o “Fundamentalismo Islâmico”, que se consolidou como ideologia dominante nas últimas décadas do século XX.
O Oriente Médio permanece uma das áreas mais instáveis do mundo, devido uma série de motivos que vão desde a contestação das fronteiras traçadas pelo Colonialismo franco-britânico, até mais recentemente, a proclamação do Estado de Israel na Palestina em 1948, o que de imediato provocou uma primeira guerra árabe-israelense, onde Israel (sob influência e ou gerência dos EUA) conseguiu repelir um ataque dos países árabes. Mais três guerras seguiram-se entre as décadas de 1950 e 1970.
Em 1956, o Egito de Nasser nacionalizou o Canal de Suez, provocando um ataque por parte de França e Inglaterra e a invasão israelense no Sinai e na faixa de Gaza. As forças dos três países foram obrigadas a se retirar, sob pressão da ONU, dos Estados Unidos e da União Soviética.
Em 1967 ocorreu a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel atacou o Egito, a Jordânia e a Síria, numa ofensiva que lhe permitiu conquistar toda Península do Sinai, até o Canal de Suez, Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e as colinas de Golã da Síria.
Em 1973 durante o feriado judeu do Yom Kippur (Dia do Perdão), a guerra reiniciou-se, quando Egito e Síria fizeram uma ofensiva surpresa que encontrou um contra-ataque fulminante por parte de Israel.
Contudo as últimas décadas do século XX apontam uma efetiva saída diplomática para um conflito que parecia não ter fim. A “Intifada” movimento de rebelião palestina nos territórios ocupados, iniciada em 1987, juntamente com as pressões internacionais e a ação diplomática da OLP, levaram Israel a propor uma iniciativa de paz em 1989 que previa a eleição de representantes palestinos nos territórios ocupados, encarregados de encaminhar negociações com o Estado judeu.
Em maio de 1994 o primeiro ministro israelense Ysaac Rabin e o líder da OLP Yasser Arafat assinaram no Cairo um acordo sobre a autonomia palestina na faixa de Gaza e Jericó. Paralelamente, e sempre com ajuda dos Estados Unidos, Israel tenta intensificar conversações de paz com outros países árabes. Porém o assassinato de Rabin por um judeu de extrema direita em novembro de 1994, colocou em risco o processo de paz no Oriente Médio. O chanceler Shimon Peres assumiu o cargo de Primeiro Ministro e em meio a atentados de ambas a parte comprometeu-se em dar continuidade às negociações com a recém constituída Autoridade Nacional Palestina, presidida por Yasser Arafat.
O Oriente Médio também foi abalado pela guerra entre o Irã e o Iraque entre 1980 e 1988. Perdendo o controle de navegação no Canal de Chatt AL-Arab, principal escoadouro de sua produção petrolífera, e sentindo-se ameaçado pela Revolução Islâmica no Irã (55% dos iraquianos são muçulmanos xiitas), o Iraque invadiu o Irã em setembro de 1980. A guerra teve várias reviravoltas, inclusive com utilização de armas químicas, fazendo mais de um milhão de mortos, (600 mil iranianos) e deixando os países economicamente destruídos, embora ainda fortemente armados.
Apesar do acordo de cessar-fogo, o clima político da região continuou explosivo e, em 2 de agosto de 1990 as tropas iraquianas invadiram, ocuparam e anexaram o Kuwait (Guerra do Golfo) provocando a intervenção internacional (Coalizão liderada pelos EUA) com o aval do Conselho de Segurança da ONU, e a derrota do Iraque que ainda mais tarde, teve que aceitar a criação de zonas de exclusão aéreas, no sul, com maioria de Xiitas e no norte, com maioria de Curdos. Estes formam nesse final de século XX, o maior grupo étnico sem Estado. Uma verdadeira nação sem país com mais de 25 milhões de pessoas espalhadas e discriminadas por vários países do Oriente Médio. Mais um fator de preocupação nesta região, tão castigada nas últimas décadas.
A Mais Recente Ação Colonialista
Kaddafi chama resolução da ONU de “Colonialismo Ostensivo”
Sábado, 18 de Março de 2011, o líder líbio, Muammar Kaddafi, disse que não havia justificativa para a resolução adotada pela ONU a fim de encerrar a violência na Líbia e qualificou a medida de "colonialismo ostensivo", informou a TV Al Jazeera no sábado (horário local).
A Al Jazeera afirmou que as declarações foram feitas depois que o chanceler líbio, Moussa Koussa, divulgou na sexta-feira a resposta de seu governo à resolução, mas não estava imediatamente claro onde Kaddafi fez os comentários, transmitidos pelo canal. "É um colonialismo ostensivo. Não há justificativa qualquer. Haverá sérias conseqüências no Mediterrâneo e na Europa", ele disse. "Deve haver segurança na navegação aérea ou marítima seja qual for o caso. Em 2011, eles estão nos colonizando, nos massacrando e impondo uma zona de exclusão aérea depois... Isso é Racismo? Que ódio é esse?".
(Reportagem de Edmond Blair)
(Reportagem de Edmond Blair)