sábado, 23 de julho de 2011

OLÁ PESSOAL....
Um grande abraçe a todos pelo dia do amigo.

Hoje 23 de julho é comemorado o aniversário da morte de um dos maiores brasileiros de nossa História, Alberto Santos-Dumont. Está morte é cercada até hoje de muito mistério e controvércia sobre sua ocorrência. Fato é que a família até bem pouco tempo não aceitava a idéia de que ele tivesse se suicidado, por conta do infortunio de seu mais brilhante invento, o avião. Invento este que estava sendo usado para a muito para fins nunca pensado por ele, o de matar, e principalmente naquele momento, matar irmãos.
 Bem, vou repassar a vocês um documento interessante sobre este assunto.

A FRAUDE NA MORTE DE SANTOS-DUMONT
O laudo necrológico do “pai da aviação” é uma mentira histórica. Ele jamais teve um “colapso cardíaco”. Na verdade, se enforcou no banheiro de um hotel no Guarujá (SP)

A morte do genial Alberto Santos Dumont foi por décadas edulcorada e relacionada a seu desgosto pelo uso de aviões para fins militares. Nos anos 60 e 70, professores nem mesmo falavam a palavra “suicídio” em sala de aula. Tudo para que o fim de um dos poucos heróis nacionais, capaz de inspirar os pequenos e motivar os adultos, fosse digno de sua biografia. A dar guarida oficial às versões “moralmente elevadas” do desaparecimento do aviador havia um laudo necrológico, assinado pelo legista Roberto Catunda, que indicava morte por “colapso cardíaco”. Uma fraude.

Santos Dumont morreu em 23 de julho de 1932, no banheiro do Grand Hôtel de La Plage, na cidade balneária de Guarujá (SP). Há controvérsias sobre o material utilizado como corda: o cinto do roupão ou uma gravata. Tinha apenas 59 anos. Muitos pesquisadores se debruçaram sobre esse episódio, ainda hoje mal explicado. Só o que se tem é de certeza é que, sim, foi suicídio por enforcamento. Permanecem no campo da especulação as razões do ato extremo.

A ideia de forjar o laudo necrológico teria sido partilhada por autoridades governamentais e familiares do inventor. A família teria insistido na dispensa da autópsia, e, para a polícia, ceder a esse pedido seria atitude humanitária e honrosa, opinião também do governo paulista, que teria impedido a abertura de um inquérito. Ajeitados os trâmites, a fraude ficou, e a verdade só aos poucos foi sendo descoberta.



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E agora um outro assunto muito importante de nossa História


A TOMADA DE MONTESE
A Batalha mais sangrenta da FEB
14 e 15 de abril de 1945

Uma das mais brilhantes incursos de nossos soldados da FEB no tempo em que estiveram na Europa, mas de fundamental importância para a posterior a derrota da Alemanha Nazista. Os nossos pracinhas liderados pelo General Mascarenhas de Morais, porém subordinados ao Comando do Exército americano participara de algumas missões que para muitos foi de notável e crucial importância para o êxito dos aliados na fase final da Segunda Guerra, quando os aliados começaram a empurrar os alemães de volta para seu território a partir do desembarque na Normandia.  
Porém este episódio ou batalha deixou alguns fatos e acontecimento curiosos pelo caminho, e um deles me foi mandado pelo amigo Sr. José Antonio, sabedor do meu interesse pelo assunto e que venho compartilhar com os amigos do blog.
A conquista de Montese no dia 14, ocupação no dia 15 e manutenção nos dias 16, 17 e 18 custou a FEB um saldo de 34 mortos, 382 feridos e 10 extraviados, configurando-se, com certeza, em uma das mais árdua e sangrenta vitória de nossos ‘pracinhas’.
Montese era um dos bastiões mais fortes da famosa linha defensiva ‘Gengis Kan’, estabelecida pelos alemães. Sua conquista significava o rompimento dessa barreira, o que contribuiria para a expulsão do inimigo do Vale do Rio Panaro, impedindo-o de oferecer resistência ao avanço aliado rumo à planície do Rio Pó.
Buscando abreviar a guerra na Itália, na primavera de 1945 todas as forças aliadas foram mobilizadas em uma importante ofensiva, que deveria eliminar o remanescente das forças Nazistas, que já exaustas e sem suprimentos sucumbiriam facilmente.
Acatando sugestão do próprio Comandante Brasileiro, General Mascarenhas de Morais, a missão de capturar Montese foi entregue à FEB, se constituindo de vital importância a fim de abrir livre passagem para as forças aliadas (5º Exército americano e 8º Exército Britânico) para o Vale do Rio Pó.
Montese ficava próximo as províncias de Bolonha e Modena, em uma posição elevada, o que favorecia os defensores. Sem apoio das forças aliadas, pela primeira e única vez a FEB operou de forma integrada seus elementos de artilharia expedicionária, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento (este mecanizado, empregando os veículos M.8 Greyhound).
A tomada de Montese revelou aos “Pracinhas” uma nova e cruel forma de guerra, a “guerra urbana” com combates dentro da Cidade, envolvendo a tomada de cada casa, o que favorecia aos defensores na realização de emboscadas e armadilhas!
As 13h30min de 14 de abril as forças brasileiras adentraram na Cidade e deu início a Batalha, na qual a atuação brasileira foi exemplar, tendo cobrado 430 baixas (alemães) aos brasileiros e 189 civis. Em resultado da ação dos brasileiros, no dia seguinte houve a rendição das forças alemãs e a Cidade foi declarada segura no dia 16.
Durante tal ação, as forças da FEB se viram sob fogo de toda a artilharia alemã, o que facilitou o avanço da 10ª Divisão de Infantaria de Montanha americana.
Em resultado a vitória brasileira, a população de Montese, renomeou uma de suas praças com o nome de Piazza Brasile como forma de homenagear seus libertadores.
Montese se revelou a mais sangrenta batalha em que o Brasil tomou parte desde a Guerra do Paraguai, tanto que das cerca de 1.121 casas que haviam na Cidade, mais de 800 foram destruídas em resultado das Batalhas e resultou no maior numero de baixas da FEB.
Depois de Montese, a FEB não se envolveria em Batalhas tão violentas, porém se manteria em combate e computaria a captura da 148ª Divisão de Infantaria Alemã e da 90ª  Divisão Panzer, dentre outras totalizando um total de 14.779 prisioneiros nos seus 9 meses de combate na Itália obtendo 20 vitórias e tido enfrentado 9 divisões nazistas e 3 italianas.

O FATO MARCANTE DESTA BATALHA
“Em abril de 1945. Os alemães tinham se retraído da Linha Gótica depois da nossa vitória em Montese, e provavelmente pretendiam nos esperar no Vale do Rio Pó, mais ao Norte. Nosso Esquadrão de Reconhecimento, comandado pelo Pitaluga, os avistou na Vila de Collechio, um pouco antes do Rio. A pedido  do General fui ver pessoalmente e lá, por ser o mais antigo, coordenei a  noite um pequeno ataque com o esquadrão e um pelotão de infantaria, sem  intenção maior do que avaliar, pela reação, a força do inimigo. Sem defender  efetivamente o local, os alemães passaram para o outro lado do Rio e explodiram a ponte. Então observamos que se tratava de uma tropa muito maior  do que poderíamos ter imaginado. Eram milhares deles e nós tínhamos atacado com uma dezena de tanques e pouco mais de 50 soldados”.
Informamos ao Comando superior que o inimigo teria lá pelo menos um  regimento. O Comando, numa decisão ousada pegou todos os caminhões da  artilharia encheu-os de soldados e os mandou em reforço à pequena tropa que  fazia frente a tantos milhares. Considerei cumprida a minha parte e fui  jantar com o Coronel Brayner, que comandava a tropa que chegara, prosseguiu  Dionísio. “Durante a frugal refeição de campanha, apresentaram-se três  oficiais alemães com uma bandeira branca, dizendo que vieram tratar da  rendição. Fiquei de interprete, mas estava confuso; no início nem sabia bem  se eles queriam se entregar ou se estavam pensando que nós nos  entregaríamos, face ao vulto das tropas deles, que por sinal mantinham um violento fogo para mostrar seu poderio.
Esclarecida a situação, pediram três condições: primeiro que conservassem suas  medalhas; segundo que os italianos das tropas deles fossem tratados como prisioneiros de guerra (normalmente os italianos que acompanhavam os alemães  eram fuzilados pelos Comunistas italianos das tropas aliadas); e terceiro que não  fossem entregues à guarda dos negros norte-americanos.
Esta última exigência merece uma explicação: a primeira vista parece  Racismo. Que os alemães eram Racistas é óbvio, mas porque então eles se  entregaram aos nossos soldados, muitos deles negros? Bem, os negros  americanos naquela época constituíam uma tropa só de soldados negros, mas  comandada por oficiais brancos. Discriminados em sua pátria, descontavam sua  raiva dos brancos nos prisioneiros alemães, aos quais submetiam a torturas e  vinganças brutais. “É claro que contra eles os alemães lutariam até a morte“.  Não era só uma questão de Racismo.
Eu perguntei ao interprete do lado alemão (nos entendíamos em uma mistura  de inglês, italiano e alemão), por que queriam se render, com tropa muito  superior aos nossos efetivos e ocupando uma boa posição do outro lado do  Rio. Ele me respondeu que a guerra estava perdida, que tinham 400  feridos sem atendimento, que estavam gastando os últimos cartuchos para sustentar o fogo naquele momento e que estavam morrendo de fome. Que queriam  aproveitar a oportunidade de se render aos brasileiros porque sabiam que  teriam bom tratamento.
Combinada a rendição, cessou o fogo dos dois lados. Na manhã seguinte  vieram as formações marchando garbosamente cantando a canção “Velhos Camaradas”, que também conhecida no nosso Exército.
“A cerimônia era tocante”, prosseguiu Dionísio. “Era até mais cordial do  que o final de uma partida de futebol. Podíamos ser inimigos, mas nos  respeitávamos e parecia até haver alguma afeição. Eles vinham marchando e  cada Companhia colocava suas armas numa pilha, continuando em forma, e seu  Comandante apresentava a tropa ao oficial brasileiro que lhe destinava um  local de estacionamento. Só então os Comandantes alemães se desarmavam. A  primeira Unidade combatente a chegar foi o 36º Regimento de Infantaria da 9ª  Divisão Panzer Grenadier. “Seguiram-se mais de 14 mil homens, na maioria  alemães, da 148ª Divisão de Infantaria e da Divisão Bessaglieri Itália que  os acompanhava”.

Entretanto houve um trágico incidente: Um soldado nosso, num impulso de  momento, não se conteve e arrancou a “Cruz de Ferro” (medalha de mais alta honra entre os soldados alemães) do peito de um Sargento  alemão. O Sargento, sem olhar para o soldado, pediu licença a seu Comandante  para sair de forma, pegou uma metralhadora em uma pilha de armas a seu lado  e atirou no peito do soldado brasileiro, em seguida largou a arma na pilha e entrou novamente em forma antes que todos se refizessem da surpresa.
Por um momento ninguém  sabia o que fazer. Já vários dos nossos soldados empunhavam suas armas quando o oficial alemão sacou da sua e atirou na cabeça do seu Sargento, que esperou  o tiro em forma, olhando firme para frente. Um frio percorreu a espinha de  todos, mas foi à melhor solução” - Concluiu Dionísio.

Ao ouvir esta história, eu já tinha mais de dez anos de serviço, mas não  pude deixar de me emocionar. Não foram as tragédias nem as atitudes altivas  o que mais me impressionaram. O que mais me marcou foi o bom coração de  nossa gente, a magnanimidade e a bondade de sentimentos, coisas capazes de  serem reconhecidas até pelo inimigo. Capazes não só de poupar vidas como  também de facilitar a vitória. É claro que isto só foi possível porque os  alemães estavam em situação crítica; noutro caso, ninguém se entregará só  porque o inimigo é bonzinho, mas que a crueldade pode fazer o inimigo resistir até a morte, isto também é real. Na História Pátria podemos ver como Caxias, agindo com bondade, só pacificou, e como Moreira César, com sua crueldade, só incentivou a resistência até a morte em Canudos.
O General Dionísio e o interprete alemão Major Kludge, se tornaram amigos e se corresponderam até a morte do primeiro, no início dos anos 90. O General Mark Clark, comandante do 5° Exército norte-americano, ao qual a FEB estava incorporada, disse que foi um magnífico final de uma ação magnífica. Dionísio disse apenas que a história real é ainda mais bonita do que se fosse somente um grande feito militar.

Coronel - Hiram Reis e Silva

FOTOS DA FEB DURANTE E DEPOIS DESTA MISSÃO









MAIS UMA VEZ AGRADEÇO AO GRANDE AMIGO SR. JOSÉ ANTONIO PELA LEMBRAÇA DE UM EPISÓDIO QUE MARCOU FIRMEMENTE A PARTICIPAÇÃO DA FEB  NA CONCLUSÃO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.


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FOTOS DA EXPOSIÇÃO REALIZADA NO PASSEIO SHOPPING













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